Por jornalismo CLFC
O retorno do Prêmio Argos de Literatura Fantástica foi considerado um
dos pontos altos do VI Fantasticon – Simpósio de Literatura Fantástica.
A cerimônia aconteceu no domingo, dia 23, às 13h, no auditório da
Biblioteca Viriato Corrêa, em Vila Mariana, SP. O prêmio Argos 2012 é
feito por votação direta dos sócios do Clube dos Leitores de Ficção
Científica do Brasil e visa eleger os melhores romances e contos do
gênero fantástico (ficção científica, fantasia e terror) publicados em
língua portuguesa no ano de 2011.
O escritor Gerson Lodi-Ribeiro foi o vencedor da principal categoria,
Melhor Romance, com o livro A Guardiã da Memória. Gerson também
recebeu um prêmio especial pelo conjunto da obra e pelas contribuições à
ficção científica nacional, dentre as quais, a própria criação do Argos
no final do século passado.
Os outros indicados na categoria Romance, ou História Longa, foram:
Eduardo Spohr com Filhos do Éden – Herdeiros de Atlântida; Flávio
Carneiro com A Ilha; Luiz Bras com Sonho, Sombras e Super-heróis e
Simone Saueressig com B9.
O médico mineiro, Flávio Medeiros Jr, levou o prêmio de melhor
história curta com o conto O Pendão da Esperança, publicado na coletânea
Space Opera. Os outros concorrentes eram: Alliah com Morgana Memphis
Contra a Irmandade Gravibranâmica; Cirilo S. Lemos com O Auto do
Extermínio; Clinton Davisson Fialho com A Esfera Dourada e Marcelo
Jacinto Ribeiro com Seu Momento de Glória. Os livros premiados foram
publicados pela editora Draco.
A festa foi feita com muito humor e suspense com clara alusão ao
prêmio Oscar norte-americano, com direito a um pequeno teatro de
cosplayers que terminou com a entrada triunfal do presidente do CLFC,
Clinton Davisson, que foi o apresentador da cerimônia. De acordo com a
tradutora Mary Farrah, que coordenou a apresentação teatral, o grupo de
atores é composto por membros de diversos fãs clubes de Star Wars.
“Combinamos com a diretoria do CLFC que essa apresentação se daria
gratuitamente, em troca apenas de uma doação do Clube para a instituição
Casa da Sopa de Nova Iguaçu. Graças aos sócios, algumas crianças
carentes terão um cardápio mais diversificado durante, pelo menos, mais
três meses”, falou.
O grande vencedor da noite, Gerson Lodi-Ribeiro, elogiou a festa e se
disse emocionado tanto com as premiações que recebeu, quanto com as
ações de caráter social que o CLFC vem adotando na nova gestão. “Ficção
científica engajada, que serve não apenas para inspirar o futuro com que
muitos de nós sonhamos, mas para cuidar e ajudar a consertar o
presente. De arrepiar os pelos!”, afirmou.
O prêmio chegou a ser considerado o mais importante do gênero na
virada do século quando teve quatro edições, 1999, 2000, 2001 e 2003.
Segundo o presidente do Clube dos Leitores de Ficção Científica do
Brasil – CLFC, Clinton Davisson, o retorno do Argos faz parte de um
plano de metas que visa a retomada definitiva do Clube fundado em 1985 e
que chegou a ser reconhecido pela Science Fiction and Fantasy Writers
of America – SFWA como entidade representativa no Brasil. “Com o advento
da internet, muitas das funções do CLFC foram perdendo a razão de ser.
Quando assumi, em outubro do ano passado, a proposta era repensar a
utilidade do Clube. Partimos primeiro para retomar tudo o que ele fazia
antes, só que adaptado à nova realidade do século XXI; como o Somnium, o
antigo fanzine em papel, que foi adaptado ao formato pdf para ser
distribuído on-line; a criação da Biblioteca Nacional de Ficção
Científica que estava prevista no estatuto; a volta do site oficial e,
agora, o retorno do Prêmio Argos de Literatura Fantástica. Além disso,
estamos criando coisas novas, como parceria com editoras para conseguir
descontos para os sócios, sorteio de ingressos de cinema e,
principalmente, ações sociais voltadas ao incentivo à leitura para
crianças, cursos para jovens escritores e a formação de novos leitores”,
explica Clinton.
Fonte: Somnium
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
sábado, 26 de maio de 2012
Cheirinho de carro novo
Foi o que disse (ou tuitou) o astronauta Don Pettit, assim que entrou na cápsula Dragon, atracada à estação espacial ISS. Não deixa de ser uma imagem simples de um momento interessantíssimo da exploração espacial. Parece que estamos presenciando o primeiro rascunho daquela velha ideia da FC norte-americana em especial, que encara o espaço como a última fronteira, uma versão mais sofisticada do velho oeste (leia o ótimo artigo de Roberto de Souza Causo n'O Bule: Me Dá Uma Para Viver,que aborda esse e outros assuntos), desbravado pela iniciativa privada. O anúncio também recente da Planetary Resources e sua ambição de minerar asteroides reforça ainda mais esta impressão e já fez muita gente imaginar um futuro com naves como a Nostromo (de preferência, sem passageiros extras) flutuando por aí.
E, claro, há quem recorra ao discurso óbvio da ineficiência e natureza paquidérmica do estado frente a agilidade e necessidade essencial da iniciativa privada em fazer mais rápido e mais barato. Não é tão simples assim, como mostra Carlos Orsi no artigo O voo do Dragão, mas nem por isso é menos empolgante, claro. O sucesso da SpaceX certamente atrairá competidores, ávidos por milionários contratos com estados e outras empresas privadas. É bastante provável que, nas próximas décadas, a corrida espacial (ao menos aquela envolvida com o espaço próximo a Terra) seja protagonizada por estas empresas. E talvez, assim, a NASA possa se dedicar a suas pesquisas científicas com sondas e telescópios cada vez mais avançados, que custam bem menos do que projetar e lançar veículos de transporte de carga e astronautas.
Aliás, agora todos estão a espera do próximo passo: levar e trazer astronautas em uma destas cápsulas privadas.
E, claro, há quem recorra ao discurso óbvio da ineficiência e natureza paquidérmica do estado frente a agilidade e necessidade essencial da iniciativa privada em fazer mais rápido e mais barato. Não é tão simples assim, como mostra Carlos Orsi no artigo O voo do Dragão, mas nem por isso é menos empolgante, claro. O sucesso da SpaceX certamente atrairá competidores, ávidos por milionários contratos com estados e outras empresas privadas. É bastante provável que, nas próximas décadas, a corrida espacial (ao menos aquela envolvida com o espaço próximo a Terra) seja protagonizada por estas empresas. E talvez, assim, a NASA possa se dedicar a suas pesquisas científicas com sondas e telescópios cada vez mais avançados, que custam bem menos do que projetar e lançar veículos de transporte de carga e astronautas.
Aliás, agora todos estão a espera do próximo passo: levar e trazer astronautas em uma destas cápsulas privadas.
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terça-feira, 22 de maio de 2012
O Somnium está de volta
O CLFC colocou um novo número do periódico Somnium (o de número 102) on-line, disponível para download aqui. Baixei, ainda não li, mas já posso dizer que ficou fantástico, com um projeto gráfico muito bonito e de bom gosto. É muito bom ver o Somnium voltando ao formato de revista e chamando entre os fãs brasileiros de literatura fantástica.
Parabéns a todos os envolvidos. Copio aqui a lista de agradecimentos postados pelo Paulo Elache, do Podespecular, nos comentários do site: os autores Duda Falcão, Tibor Moricz, Cesar Alcázar, Miguel Carqueija e Álvaro Domingues, os articulistas Lidia Zuin e Clinton Davisson e, em especial, aos dedicados Fabio San Juan, Marcelo Bighetti e Daniel Borba, além do presidente do CLFC, Clinton.
Parabéns a todos os envolvidos. Copio aqui a lista de agradecimentos postados pelo Paulo Elache, do Podespecular, nos comentários do site: os autores Duda Falcão, Tibor Moricz, Cesar Alcázar, Miguel Carqueija e Álvaro Domingues, os articulistas Lidia Zuin e Clinton Davisson e, em especial, aos dedicados Fabio San Juan, Marcelo Bighetti e Daniel Borba, além do presidente do CLFC, Clinton.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Paraíso Líquido - Últimos exemplares
O escritor Luiz Bras avisou, em seu blog, que a últimas unidades da edição de Paraíso Líquido estão em suas mãos. Quem ainda não leu, tem a oportunidade de entrar em contato diretamente com o autor e pedir um exemplar. Etica e corretamente, como o livro foi editado graças ao patrocínio do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, jamais esteve a venda. Tive a sorte de ser sorteado no blog do Tibor Moricz - devo uma resenha do livro há mais de um ano... - e garanto que é uma das melhores leituras que tive o prazer de ter neste tempo.
Se eu fosse você, pediria logo o seu. Cito o blog do Luiz:
Se eu fosse você, pediria logo o seu. Cito o blog do Luiz:
Os últimos trinta exemplares estão aqui, ao meu lado, aguardando os últimos interessados. Se você ainda não tem um Paraíso líquido, basta enviar um envelope selado, no valor de R$ 5,00, para o endereço abaixo, que seu exemplar seguirá imediatamente, lépido e fagueiro, para suas mãos.
Luiz Bras
Rua Dr. Paulo Vieira, 166 apto 72
01257-000 – São Paulo – SP
Selecionados para "Brinquedos... eles matam!": Sou um deles!
A Editora Estronho divulgou o resultado da seleção para a coletânea "Brinquedos... eles matam!" e foi uma grata e feliz surpresa descobrir que o meu conto "Frank" está lá também. A cada dia que passa, fica mais claro que há um mercado leitor brasileiro para literatura fantástica feita por brasileiros. E o trabalho sério e profissional de editoras como a Estronho só confirmam isso.
Os selecionados são:
Parabéns a todos!
Os selecionados são:
- A. Z. Cordenonsi (Henrique e o Arlequim)
- Alex Mir (Muiraquitã)
- Daniel de Medeiros Andrade (A boneca que era Mariana)
- João Manuel da Silva Rogaciano (Memórias de Teddy)
- Leonardo Araújo Oliveira (O soldado de Mariladruns Verkstrom)
- Luiz L. Bernstein (Um coelho, e alguém mais)
- Marcelo Breton (Frank)
- Norberto Silva (Marionetes)
- Priscilla Rúbia (A boneca Eduarda)
- Rodolfo Santos(Majestade e marionete)
- Telmo Marçal (O Crepúsculo dos brinquedos)
- Valentina Silva Ferreira (Manu)
- Verônica Freitas (Uma visita à Casa Damballa)
Parabéns a todos!
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