sexta-feira, 10 de maio de 2013

Gente séria e... bom, nem tão séria.

É uma constante neste nosso mercadinho de literatura fantástica: escritores que pagam caro para publicar e agentes literários que prometem lançá-los mediante um módico pagamento.Quero falar um pouco disso.
Sim, é verdade que só posso falar do que funciona ou funcionou comigo, então não espere qualquer regra; são apenas meus dois centavos. Não pretendo, por enquanto, pagar para publicar um livro - há uma exceção, da qual espero poder falar em um futuro próximo. Espero dedicar-me com mais afinco ao trabalho de escrever e divulgar minhas obras. Não tenho talento, formação, experiência nem prática para ser editor. Nem de mim mesmo. É um posicionamento pessoal: não participo de coletâneas que exigem pagamento por parte do autor. Não tenho nada contra quem acha que isso seja uma boa ideia. Certamente, há bons trabalhos e coisas vergonhosas neste formato.
É este o meu ponto.
Sejamos sinceros, caros colegas escritores iniciantes, como eu: não é nada difícil identificar quem é sério e quem não é. Uma pesquisa rápida no Google, reler o e-mail daquele suposto agente literário cheio de erros grosseiros de português, procurar os livros publicados pela editora, a receptividade dos próprios escritores aos títulos editados por esta ou aquela casa, e assim por diante. Faça um favor a si mesmo, a suas obras, ao mercado e a todos nós: entre no Twitter e no Facebook e acompanhe o trabalho das pessoas e editoras que você acredita poderem ajudá-lo com a sua obra. Garanto que, em pouco tempo de pesquisa, os sérios se destacarão.
Além disso, se serve de alerta: não existem agentes literários de editoras, não importa o quão sedutor pareça aquele e-mail bisonho que alguns recebem de tempos em tempos. Sabe o que existe de bom? Bons leitores críticos, editores e escritores. Gente boa disposta a ajudar, com profissionalismo e cuidado. E, ao contrário daqueles supostos agentes, eles pedem de você apenas uma coisa (ok, além de pagar pelos seus serviços, no caso do leitor crítico): trabalho. Nada vai acontecer sem o seu trabalho - e uma boa dose de paciência e humildade, mas isso fica para outro post - e disposição para aprender e  reescrever.
Cada escritor tem sua trajetória, e ela é única. A auto-publicação pode funcionar para você e para mim também, assim como a carreira tradicional em editoras. Há pessoas sérias trabalhando tanto em um formato quanto no outro. O problema não é este, no final das contas: o problema é que já passou da hora de valorizar naturalmente os bons profissionais e deixar os demais para trás.